No Mapa de Estrabão o Oriente Médio fazia parte da África

A divisão do mundo em continentes, na atualidade, divide o mundo em seis continentes: África, América, Ásia, Europa, Oceania e Antártida. De acordo com essa divisão, o Oriente Médio faz parte da Ásia. Portanto, antigamente, a região era conhecida como “Crescente Fértil” devido ao seu solo rico e abundância de agricultura. O termo “Oriente Médio” foi cunhado pela primeira vez pelos britânicos no início do século XX para se referir à área entre o Mediterrâneo oriental e o subcontinente indiano. Geograficamente e antropologicamente o Oriente Médio está à parte da África, geopoliticamente é a Ásia. Além disso, antropologicamente, a maioria, senão todas as populações, nem sequer são populações indígenas.

O mapa, que foi escrito no primeiro século dC, divide o mundo em três continentes: Europa, Ásia e África. O Oriente Médio está localizado na parte sul da Ásia, mas Estrabão o incluiu na ÁfricaEstrabão era um geógrafo grego que viajou extensivamente pelo mundo antigo. Ele era fascinado pela geografia e pela cultura de diferentes lugares. Estrabão é considerado um dos fundadores da geografia moderna. Ele foi o primeiro a tentar descrever o mundo de forma sistemática e abrangente. Sua obra teve uma grande influência nos geógrafos posteriores, incluindo Ptolomeu e Mercator. A Geografia é a obra mais importante de Estrabão. Ela é dividida em 17 livros, cada um dos quais trata de uma região específica do mundo. A obra é uma fonte valiosa de informações sobre a geografia, a história e a cultura do mundo antigo.

Seu mapa é um dos mais importantes documentos da geografia antiga:

O Mediterrâneo no centro, a Europa, o trecho conhecido da África (chamado de Líbia, naquela época), o Mar Negro (onde havia uma série de cidades gregas há muitos séculos), a Pérsia e a Índia, com o Rio Indus desembocando no que os gregos chamavam de “Rio Oceanus”.

A inclusão do Oriente Médio na África por Estrabão pode ser explicada por vários fatores. Em primeiro lugar, o Oriente Médio está localizado na mesma massa continental da África. Em segundo lugar, as culturas do Oriente Médio e da África têm muitas semelhanças. Em terceiro lugar, Estrabão pode ter visto o Oriente Médio como uma extensão da civilização egípcia, que ele considerava parte da África.

Entretanto, não deve-se olvidar de uma reflexão sobre o contexto bíblico do primeiro século: na região de Israel e o Mapa de Estrabão. Na perspectiva do Mapa de Estrabão, Oriente Médio, incluindo Israel, estava localizado na África. Como vimos, o mapa divide o mundo em três continentes: Europa, Ásia e África. Portanto, se Jesus nasceu em Belém de Judá, como diz a bíblia, que era parte de Israel, então Jesus nasceu na África. Sabemos que a visão de Estrabão sobre o Oriente Médio como parte da África foi contestado por alguns estudiosos modernos. No entanto, seu mapa ainda é uma fonte importante de informações sobre a geografia e a cultura do mundo antigo.

Estrabão nasceu na cidade de Amasia, antiga capital do reino do Ponto, por volta do ano 60 a.C., e morreu aproximadamente no ano 24 da nossa Era. Ele estudou filosofia e geografia em Atenas, e viajou extensivamente pelo mundo antigo. Suas viagens o levaram a Roma, onde ele conheceu o imperador Augusto.

Alguns dos principais pontos de vista de Estrabão:

  • Ele acreditava que a geografia era uma ciência importante, pois poderia ajudar as pessoas a entender o mundo ao seu redor.
  • Ele argumentou que a geografia deveria ser baseada em observações e evidências empíricas, em vez de especulações.
  • Ele acreditava que a geografia deveria ser uma ciência holística, que levasse em consideração a história, a cultura e a economia dos lugares que ela descreve.

A Geografia de Estrabão é uma obra seminal que continua a ser importante até hoje. É uma fonte valiosa de informações sobre o mundo antigo e sobre a evolução da geografia como ciência.

Por Hernani Francisco da Silva  – Do Afrokut

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