Consiliência Negra na superação da Dupla Consciência

A Ciência Espiritual Kemética e as abordagens psicoterapêuticas estão em acordo: “as pessoas são divididas tanto interna quanto externamente“. Essa divisão é uma das principais razões para o sofrimento humano e suas doenças. São diversos os tipos de divisões para alcançar a UNIDADE dentro da dualidade que vivemos. Essas dualidades coexistem com: matéria e energia, material e espiritual, feminina e masculina, visível e invisível, vida e morte, leste e oeste, branca e negra, esquerda e direita, dia e noite, forte e fraca, você e eu… Entre outras muitas divisões dentro da nossa realidade humana.

Para os negros e negras  da diáspora, pensar na dualidade de sua identidade é um movimento de resistência na superação do racismo. O conceito de mais de um século de Du Bois da Consciência Dupla ainda é válido e relevante nos dias atuais.

Diversos estudos revelam que o racismo está conectado a uma maior prevalência de doenças cardiovasculares e depressão entre a população negra.  No nível individual, a dupla consciência é praticada nas interações diárias e, no nível institucional, afeta o modo como as pessoas negras vivem em toda a sociedade.

“O racismo contribui para a Dupla Consciência que coloca a pessoa negra numa posição neurótica, num confronto psíquico contra si próprio e como consequência nasce o “complexo de inferioridade” (Fanon)”.

A consciência dupla não apenas vê os negros de sua própria perspectiva única, mas também os obriga a se ver como podem ser percebidos por um “mundo externo branco”. A dupla consciência cria um “falso equilíbrio” entre as pessoas para atender padrões de como os outros os percebem, e também como eles se percebem. Esse dualismo cria limites invisíveis para a pessoa negra alcançar a UNIDADE.

A Ciência Espiritual Kemética oferece o conhecimento para transcender a dualidade da Dupla Consciência.  Nesta perspectiva a Consiliência Negra é uma unidade holística funcional da Ciência Espiritual Kemética: uma sinergia que gera  cura interna do nosso corpo, mente, espírito e é otimizada para  o desenvolvimento da autoconsciência na unidade do autoconhecimento. A “Consiliência Negra” é a vontade de juntar conhecimento e informação polar oposta sobre si mesmo para criar uma unidade da divisão e superação da Dupla Consciência através da Ciência Espiritual Kemética.

Por Hernani Francisco da Silva – Do Afrokut

Google não tem consciência Negra!

O Google não fez o Doodle da Consciência Negra

O dia 20 de Novembro foi escolhido como uma homenagem a Zumbi dos Palmares, data na qual morreu, lutando pela liberdade do seu povo no Brasil, em 1695. Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, foi um personagem que dedicou a sua vida lutando contra a escravatura no período do Brasil Colonial, onde os escravizados começaram a ser introduzidos por volta de 1594. Um quilombo é uma região que tinha como função lutar contra as doutrinas escravistas e também de conservar elementos da cultura africana no Brasil.

Em 2008 começamos acompanhar os doodles do Google. No dia 20 de novembro daquele ano, Dia da Consciência Negra, o Google preferiu homenagear René Magritte um pintor europeu e não Zumbi. Neste dia questionamos esse deslize no Google Discovery, enviando e-mails para os dirigentes do Google no Brasil.

Depois do incidente esperamos em 2009 o doodle da Consciência Negra do Google, não aconteceu. Em 2010 também não foi feito e no 20 de novembro em 2011, o Google permaneceu o mesmo, sem nenhum doodle. Em 2012, 2013, 2014, 2015, 2016, 2017, 2018, 2019, 2020 em 2021 também não aconteceu o doodle da Consciência Negra.

Por Hernani Francisco da Silva – Do Afrokut


Consciência Negra

10 fatos que mostram a paixão de Albert Einstein pela justiça racial

ALBERT EINSTEIN é reverenciado pelo seu intelecto científico, que lançou as bases para a física quântica. Suas opiniões sobre raça, política e guerra também foram incrivelmente progressivas para o seu tempo. Einstein era um anti racista apaixonado e comprometido. Esta faceta da vida de Einstein foi praticamente ignorada pela mídia, de acordo com o livro intitulado Einstein on Race and Racism de Fred Jerome e Roger Taylor, o cientista era um ativista no combate ao racismo e a segregação. Einstein estava profundamente consciente das semelhanças entre a segregação americana e o tratamento dos judeus na Alemanha. Nos últimos 20 anos de sua vida, Einstein se envolveu significativamente em atividades de promoção da justiça racial. Aqui estão 10 fatos que mostram a paixão de Albert Einstein pela justiça racial:

1. Einstein apoiou uma campanha para defender jovens negros que foram falsamente acusados;

Sua aliança com a situação dos afro-americanos começou antes mesmo de chegar ao EUA. Em 1931, Einstein enfrentava a ameaça do regime nazista na Alemanha. Ele lia uma história sobre alguns jovens nos Estados Unidos, cujas vidas também estavam em perigo. Os jovens eram os meninos de Scottsboro, um grupo de adolescentes negros que foram injustamente acusados de estuprar duas mulheres brancas. Einstein juntou-se ao polêmico comitê Theodore Dreiser para fazer campanha pela justiça para os jovens.

2. Einstein convidou uma cantora, vitima de racismo, para ficar em sua casa;

Quando o Nassau Inn de Princeton se recusou alugar um quarto para a estrela de ópera, Marian Anderson, devido à sua cor da pele, Einstein convidou a cantora para ficar em sua casa. Sua amizade durou desde 1937 até sua morte em 1955, e a estrela hospedava-se na casa de Einsteins sempre que visitava Princeton.

3. Einstein chamou o racismo de “uma doença de pessoas brancas”;

Em 1946, Einstein deu um discurso raro na Lincoln University, na Pensilvânia, uma universidade historicamente negra(foto acima), onde também aceitou um diploma honorário e louvou por sua lealdade ao movimento dos Direitos Civis. A presença foi significativa porque Einstein tinha o hábito de recusar todas as solicitações para falar nas universidades. Durante seu discurso, ele atestava que o racismo era uma doença de pessoas brancas:

“Minha viagem a esta instituição foi em favor de uma causa que vale a pena”, disse Einstein em seu discurso em Lincoln. “Há uma separação de pessoas negras de pessoas brancas nos Estados Unidos. Essa separação não é uma doença de pessoas negras. É uma doença de pessoas brancas. Eu não pretendo ficar quieto sobre isso”.

4. Einstein era um amigo e apoiante do ator e cantor afro-americano Paul Robeson;

Paul Robeson estava sendo perseguido por causa de seu trabalho em direitos civis. Os dois trabalharam juntos em 1946 em uma campanha de petição anti-linchamento. Em 1952, quando a carreira de Robeson tinha terminado por causa da perseguição, Einstein convidou Robeson para Princeton onde trabalharam juntos para defender a justiça racial.

5 – Einstein foi co-presidente de uma organização dedicado a eliminar o linchamento nos Estados Unidos;

A aliança de Einstein com a comunidade negra foi reforçada quando se juntou à NAACP e à American Crusade Against Lynching (ACAL), uma organização fundada pelo ator e cantor ativista Paul Robeson. Einstein foi especialmente apaixonado por promover legislação anti-linchamento e, eventualmente, se tornar co-presidente da ACAL.

6 – Einstein apoiou a NAACP e seu amigo Du Bois;

Durante décadas, Einstein ofereceu incentivo público à Associação Nacional para o Avanço das Pessoas de Cor (NAACP) e seu fundador, WEB Du Bois. E em 1951, quando o governo federal indiciou Du Bois, de 83 anos, como “agente estrangeiro”, Einstein ofereceu-se para comparecer como testemunha durante o julgamento. A iniciativa de Einstein fez o juiz abandonar o caso.

7 – Einstein aplaudiu os esforços dos negros americanos para lutar contra injustiças raciais;

Einstein aceitou um convite do co-fundador da NAACPWEB Du Bois, para enviar um artigo à sua revista The Crisis. Em seu artigo, Einstein aplaudiu os esforços dos negros americanos para lutar contra injustiças raciais e incentivou-os a não deixar o racismo manchar sua auto-estima.

8 – Einstein ficou consternado com a segregação nos Estados Unidos;

Em 1933, Einstein fugiu da Alemanha e começou a trabalhar no recém-fundado Insitute For Advanced Study em PrincetonNova Jersey. Enquanto vivia em Princeton, Einstein ficou consternado com a segregação que dividia a cidade universitária. Como Fred Jerome e Rodger Taylor escreveram em seu livro, Einstein on Race and Racism: “Einstein percebeu que os afro-americanos em Princeton eram tratados como os judeus na Alemanha”.

9 – Einstein tinha amizades profundas com afro-americanos;

Uma das maneiras pelas quais Einstein foi capaz de ser aliado do movimento dos Direitos Civis foi formando amizades profundas com afro-americanos. Jerome e Taylor entrevistaram os antigos residentes de Princeton que recordam o quão envolvido Einstein se tornou na comunidade afro-americana. Eles se lembram de vê-lo vagando pelas ruas segregadas, conversando com seus vizinhos negros e distribuindo doces para crianças.

10 – Einstein foi criticado por outros físicos e colocado sob vigilância pelo FBI.

O trabalho de justiça racial de Einstein aprofundava sua amizade com pessoas negras, e isso incomodava muita gente. O físico Paul Ehrenfesst, amigo íntimo de Einstein, pediu-lhe que permanecesse em silêncio sobre questões fora do domínio científico; Robert Millikan, físico americano e vencedor do Prêmio Nobel, criticou Einstein pelo apoio dos jovens no caso Scottsboro; Henry Fordrepublicou vários ensaios alemães que criticava Einstein. O diretor do FBIJ Edgar Hoover, colocou Einstein sob vigilância.

Nenhum desses esforços conseguiu diminuir a paixão de Einstein pela justiça racialAlbert Einstein, o físico, continuou a usar seu status de celebridade para falar pelo que sabia que era certo até o momento de sua morte em 1955.

Por Hernani Francisco da Silva – Ativista Quântico Negro – Do Afrokut

Crédito da imagem de Albert Einstein e estudantes da Lincoln University: Coleção de fotografia de John W. Mosley, coleção afro-americana Charles L. BlocksonBibliotecas da Universidade de Temple, Filadélfia, PA.

Referências:

livro “Einstein on Race and Racism” http://www.einsteinonrace.com/preface.htm

https://www.livescience.com/50051-albert-einstein-civil-rights.html

http://thewisdomdaily.com/the-little-known-history-of-how-einstein-used-his-status-to-fight-racism/

Consciência Negra para crianças

Como ensinar “Consciência Negra” para os pequeninos dos anos iniciais?

Devemos começar falando sobre Africanidades. Apresento como sugestão uma parte de um texto meu que está numa serie de 5 livretos com pequenas histórias, com variados tipos de texto, dedicada ao Ensino Fundamental ajudando aos professores com a Educação para as Relações Étnicorraciais e Ensino da História e Cultura Africana e Afrobrasileira. Sairá em 2017…

Começando pelas africanidades fica muito mais fácil entender o que é “CONSCIÊNCIA NEGRA“. Com certeza serão adultos melhor informados sobre o que isso significa e não vão questionar sobre a necessidade de se ter consciência negra no Brasil…

Fica a dica..

AFRICANIDADES
(…)

Escutando a professora e pensando,
aos poucos fui entendendo,
Devagarzinho compreendendo
Essa tal africanidade.
É verdade !

(…)

A professora contou uma história que eu não conhecia. A história da “Árvore do Esquecimento”.

Nome diferente e triste para uma árvore não é mesmo?

Veja porque ela assim ficou sendo chamada…

“Existiu, lá no continente Africano, na Nigéria, no Porto do Benin, uma antiga e frondosa árvore. Ela ficava nas proximidades onde os africanos escravizados eram colocados nos navios tumbeiros para atravessar o oceano e chegar ao Brasil. Conta-se que antes do embarque, os homens eram obrigados a dar sete voltas ao redor dessa árvore e as mulheres nove voltas. A cada volta teriam que repetir em voz alta que esqueceriam tudo o que havia passado antes em suas vidas: sua família, sua religião, seu modo de viver, suas canções, seus valores…

Essa foi a tentativa dos escravizadores para tentar roubar as lembranças das raízes desses homens e mulheres africanos.Fazê-los esquecer sua terra natal,sua identidade,sua dignidade como pessoas. Eles pensavam que se tudo isso ficasse esquecido, apagado da mente desses homens e mulheres seria mais fácil transformá-los em escravos submissos,mercadoria pronta para ser vendida!

Mas a tentativa do ritual da “Árvore do Esquecimento” fez o efeito contrário. Escravizaram apenas o corpo pois na mente, na alma e no coração ninguém manda!”

(…)

“Os ancestrais africanos, quando fizeram a viagem forçada para o Brasil, não vieram sós. Trouxeram consigo seus rituais, seus valores,linguagens, religiões, costumes, vestimentas, canções e saberes de agricultura, metalurgia e pesca. Todos esses conhecimentos, princípios e valores foram transmitidos aos seus descendentes por meio das histórias contadas de geração em geração.”

(…)

Foi muito importante saber
Que os negros escravizados
No Brasil foram deixando
Pensamentos, crenças, idéias

Marcas de ser e viver !

Junto ao corpo escravizado
vindos nos grandes tumbeiros
carregavam, sem permissão
falares, sabores, saberes.

Viva, sua tradição !

Vivencias, crenças e idéias
ritmos, hábitos, sentimentos
comida, bebida, condimentos
modos de plantar e colher,
de tocar e de cantar !

Tudo ficou bem gravado
No coração brasileiro
são tradições, são valores
São heranças ancestrais
É a tal africanidade.

Não vou esquecer nunca mais !

Foi, nesse dia, então
Que pude melhor entender.
Que essa tal africanidade.
Com outras culturas parceiras
Teceram os fios coloridos
Da cultura brasileira !

Nessa aula eu aprendi
Uma verdadeira lição
Somos todos, os brasileiros
no sangue e na alma, herdeiros
De tradições africanas

Que bacana !
Desejo que usem a criatividade característica de professores para as atividades que poderão ser desencadeadas com esse texto. Tenho certeza de que os estudantes do 3°,4°,5° anos do Fundamental gostarão…Desde o desenhar e colorir a árvore, localizar no mapa o local dela, pesquisar na internet como está o local agora e principalmente entender facilmente o que são as Africanidades que já estão ouvindo falar em todos os lugares…

Sucesso! Se desejar mande fotos das atividade desenvolvidas para serem socializadas para outros professores mostrando possibilidades.

Por  Rosa Margarida

10 frases da Consciência Negra de ativistas negros e negras

O dia da CONSCIÊNCIA NEGRA   é para conscientização de todas as pessoas de que as culturas africanas são partes integrantes e imprescindíveis da formação do povo brasileiro. Esse dia deve ajudar a nós brasileiros a nos conscientizarmos de que somos um povo formado de muitos povos e de muitas culturas.

Para a nossa reflexão segue 10 frases da Consciência Negra de ativistas negros e negras brasileiros

1 – Consciência Negra é educação do olhar

2- Assim alcançaremos a HUMANITUDE

3 – O 20 de novembro é este momento de fazer isto em relação ao racismo

4 – O racismo é um crime perfeito no Brasil

5 – Pela consciência da riqueza da diversidade racial

6 – A sociedade brasileira é que tem problema

7 – Um protesto que denuncia a falsa abolição da escravatura

8 – Zumbi se espraia

9 – Continuidade à grande luta de Zumbi dos Palmares

10- Zumbi como algo mais representativo que 13 de maio

Fonte:  Afrokut


Consciência Negra

10 frases com imagens para a Consciência Negra

A rede Afrokut preparou também 10 frases e imagens com temas da Consciência Negra para você postar no Facebook e compartilhar conteúdo em comemoração ao Mês da Consciência Negra. Confira as frases e imagens e compartilhe:

1 – O Poeta da Consciência Negra

2 – Alcançando a Humanitude

3 – Palmares abrigo de Todos e Todas

4 – Vamos comemorar o ano inteiro

5 – Força, Resistência e Sabedoria

6 – Pela libertação do povo negro no Brasil

7 – Abdias do Nascimento disse

8 – Defendendo seu Povo e Comunidade

9 – Contrapuseram-se  ante às tentativas de aniquilamento de seus valores Africanos

10 – Zumbi: Baluarte da luta negra contra a escravidão

Do Afrokut


Consciência Negra