Exposição sobre o Kemet – Antigo Egito

A exposição Egito Antigo: do cotidiano à eternidade, em cartaz no CCBB –  Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro, há pouco mais de três meses  já recebeu mais de 1 milhão de visitantes, devido ao enorme sucesso e o crescente interesse do público, foi prorrogada a visitação até 02/02. Depois deixará o Rio para ser apresentada em outras quatro localidades: CCBB São Paulo (em 19/02), CCBB Brasília (em junho) e CCBB Belo Horizonte, em setembro de 2020.

A mostra tem entrada gratuita e durante a exibição serão apresentadas 140 peças do Museu Egípcio de Turim (Museo Egizio), na Itália. Fundado em 1824 por Carlo Felice di Savoia, rei da Sardenha, o museu italiano reúne a segunda maior coleção egiptológica do mundo (depois do Museu do Cairo no Egito), com cerca de 26.500 artefatos do Kemet (Egito Antigo). Seu acervo é resultado da junção das peças da Casa Savoia (adquiridas desde o século 17) às da coleção que o monarca comprara das escavações de Bernardino Drovetti, cônsul da França no Egito (1820-1829) – e outra parte do acervo foi descoberta pela Missão Arqueológica Italiana (1900-1935), quando ainda era possível a divisão dos achados arqueológicos.

Kemet – Egito Antigo

A Kemet começou a se formar no final do período paleolítico, quando o clima árido do Norte da África e a desertificação do Saara, levaram muitos africanos a se mudarem para o Vale do Nilo, formando várias comunidades agrícolas que viviam em grupos ao redor do Rio Nilo. Mas, foi no período chamado pré-dinástico, antes que houvesse um Faraó e Kemet fosse unificada, que as culturas Kemética formadas pelas comunidades ribeirinhas do Nilo começaram a se unificar e formar pequenos Estados ao longo do Rio Nilo, este período começou por volta de 4000 aC, que é mais de 6.000 anos atrás. Segundo a Pedra de Palermo o Kemet se unificou em dois reinos, um no Alto Kemet e outro no Baixo Kemet. Kemet se transformou em um complexo de civilizações formadas por diversas nações africanas, ao redor do Rio Nilo, em uma área que se estendia desde a Núbia, Sudão, até ao rio Eufrates. Saiba mais: O que é Kemet?

A exibição da exposição “Egito Antigo: do cotidiano à eternidade“ é dividida em três seções: vida cotidiana, religião e eternidade, que ilustram o laborioso cotidiano das pessoas do vale do Nilo, revelam características do neteru egípcio e abordam suas práticas funerárias. Cada seção apresenta um tipo particular de artefato arqueológico, contextualizado por meio de coloração e iluminação projetadas para provocar efeitos perceptuais, simbólicos e evocativos. As cores escolhidas são: amarelo para a seção da vida cotidiana; verde para a religião; azul para as tradições funerárias – associadas a três intensidades da iluminação (brilhante, suave e baixa).

Local e data da exposição “Egito Antigo: do cotidiano à eternidade“:|

CCBB Rio de Janeiro: 12/10/2019 a 02/02/2020

CCBB São Paulo: 19/02/2020 a 11/05/2020

CCBB Distrito Federal: 02/06/2020 a 30/08/2020

CCBB Belo Horizonte: 16/09/2020 a 23/11/2020

Do Afrokut

Yoga Kemética um caminho para a Ascensão

Yirser Ra Hotep, instrutor mestre de Yoga e o criador do Método YogaSkills.A palavra ioga em si vem da raiz sânscrita “yuj” (pron. “Yug”) que significa “unir”, “conectar” ou “integrar”. Nossos ancestrais em Kemet ( O que é Kemet?) chamaram o exercício de “Tjef Sema Paut Neteru” que significa  “Movimentos para promover a união Divina com a mente, corpo e alma”. Para eles, o yoga era muito mais do que o exercício físico – era um caminho para a Ascensão.

A filosofia por trás da palavra sugere que o objetivo do praticante é unir sua mente, corpo e alma através de exercícios mentais e físicos que promovem o livre fluxo da energia espiritual.  A palavra yoga se origina na Índia, sabemos que os precursores do Yoga Kemética na Índia foram os Dravidianos. A evidência fóssil e os testes genéticos mostraram que o povo Dravidiano Negro é o mesmo povo negro do Leste Africano. As evidências arqueológicas e antropológicas sugerem que cerca de 70.000 anos atrás, os africanos do leste navegaram através do Mar Vermelho, viajaram ao longo da costa da Arábia e da Pérsia e se estabeleceram na Índia.

Os Dravidianos Negros lançaram as bases da cultura indiana e construíram um império próspero que durou até a invasão da cultura ariana. Esses invasores expulsaram os dravidianos para o sul, assimilaram a cultura e rotularam suas práticas “Ayurveda” – um sistema de medicina hindu baseado na ideia de equilíbrio nos sistemas corporais por meio de dieta, tratamento com ervas e respiração yogue.

Assim, da mesma forma que o Kemet Negro tornou-se o Egito Árabe, a cultura do índio negro Dravidianos tornou-se o sistema de castas da Índia.

Graças a uma nova geração de estudiosos como Yirsir Ra Hotep e Dr. Muata Ashby, o legado do Yoga Kemética está sendo restaurado. Saiba mais em “O que é Yoga Kemética?”.


Com informações do Afrokut e do artigo: “Os 5 ensinamentos ocultos do Kemetic Yoga que todo iniciado deve saber“, por Asad Malik, no site Aliança Pan-Africana.

Imagem:  Yirser Ra Hotep é um instrutor mestre de Yoga e o criador do Método YogaSkills. Ele é o instrutor mais sênior de Kemetic Yoga nos Estados Unidos, com mais de 42 anos de experiência praticando e ensinando. Yirser esteve envolvido com a pesquisa original e a documentação do Kemetic Yoga junto com o instrutor mestre Asar Ha-pi nos anos 70. Ele treinou e certificou mais de 1000 instrutores de Kemetic Yoga em todo o mundo através de sua escola, a YogaSkills School of Kemetic Yoga, e realiza passeios históricos / culturais / espirituais do Egito, Etiópia, Gana, África do Sul e outras partes da diáspora africana.

O que é Kemet?

Acredita-se que Kemet é sinônimo de Egito antigo, porém, desta forma, ignora-se que a palavra “Egito” é o nome que os antigos gregos deram ao país. Kemet e Egito são duas identidades diferentes. Vejamos nesta série de artigos elaborada pelo Afrokut, um pouco da história de Kemet e o que ela representa hoje para Africanos, a Diáspora Africana e para todo o mundo.

A palavra Kemet foi escrita em Medu Neter, linguagem escrita mais antiga da Terra, com quatro hieróglifos:

um pedaço de pele de crocodilo com espinhos fazendo o som K; uma coruja fazendo o som M e um meio pedaço de pão fazendo o som T. O símbolo redondo representa uma encruzilhada e mostra que, neste contexto, este é um nome de lugar.

A Kemet começou a se formar no final do período paleolítico, quando o clima árido do Norte da África e a desertificação do Saara, levaram muitos africanos a se mudarem para o Vale do Nilo, formando várias comunidades agrícolas que viviam em grupos ao redor do Rio Nilo. Mas, foi no período chamado pré-dinástico, antes que houvesse um Faraó e Kemet fosse unificada, que as culturas keméticas formadas pelas comunidades ribeirinhas do Nilo começaram a se unificar e formar pequenos Estados ao longo do Rio Nilo, este período começou por volta de 4000 aC, que é mais de 6.000 anos atrás. Segundo a Pedra de Palermo o Kemet se unificou em dois reinos, um no Alto e outro no Baixo Kemet.

Kemet se transformou em um complexo de civilizações formadas por diversas nações africanas, ao redor do Rio Nilo, em uma área que se estendia desde a Núbia, Sudão, até ao rio Eufrates. Por volta de 3300 aC, há evidências de um reino unificado, como mostram os achados em Qustul, a cultura Núbia/kushita teve uma grande contribuição para a unificação da Kemet, que se desenvolveu por milhares de anos e se tornou a civilização com mais influência em sua época e tornando-se mãe de todas as civilizações modernas.

Por Hernani Francisco da Silva – Do Afrokut


VEJA TAMBÉM:

https://membro.afrokut.com.br/2020/10/10/introducao-ao-yoga-kemetica/