Movimento Negro Evangélico de Pernambuco repudia o ato de racismo religioso sofrido pelo Terreiro das Salinas

O Movimento Negro Evangélico de Pernambuco vem através desta nota repudiar de maneira veemente o ataque contra o Ilê Axé Ayabá Omi, entendendo que é necessária uma resposta urgente do poder público garantindo a liberdade e diversidade religiosa que são direitos humanos e básicos.

Sabemos que o incêndio criminoso que ocorreu no Terreiro das Salinas no dia 01 de janeiro de 2022, é fruto do racismo religioso que constitui esse país. O deus dos fundamentalistas cristãos é um deus que queima terreiros, um deus morto, que nada tem a ver com o Deus que confessamos. Por isso é nosso dever dizer que o único motivo para as violências sofridas pelas religiões de matriz afro-brasileiras e indígenas, é o racismo. Essa lógica que nos desumaniza, que demoniza as nossas crenças e como olhamos para o mundo. Acompanhamos a um tempo o trabalho do Terreiro de Salinas, seu compromisso com a comunidade local no enfrentamento à fome e também no reforço escolar que é oferecido no local.

Nos comprometemos a acompanhar todo o processo de reconstrução do terreiro e também de dialogar de maneira profunda com as nossas irmãs e irmãos vítimas de um ato tão violento, que é o de ter seu sagrado violado.

Por último, queremos dizer que o ministério de Jesus de Nazaré encarna nos perseguidos da história, nos que são demonizados e excluídos. Nos que são assassinados e empobrecidos todos os dias no Brasil. Se existe algo diabólico no contexto religioso brasileiro, se chama racismo religioso. Isso sim que é obra do mal, dos que tentam matar, roubar e destruir quem somos como comunidade negra. Por este motivo, também, não toleraremos qualquer associação das religiões de Matriz Africana com o inferno. Nossas irmãs e irmãos de terreiro merecem respeito, humanidade e liberdade para viverem plenamente a sua fé.

Colegiado do Movimento Negro Evangélico de Pernambuco

O racismo religioso se apropriou até mesmo da bíblia para atacar tudo que vem da África

Interpretações racistas da Bíblia foram base para a escravidão e sustentam o racismo e a intolerância religiosa ainda hoje

Uma parte da história dos irmãos Caim e Abel é muito conhecida: o primeiro matou o segundo por inveja. Mas ela tem outras camadas. Uma delas foi alvo de uma interpretação teológica racista que serviu de base para a escravidão e ainda hoje sustenta o racismo e a intolerância religiosa. Quando Caim assassinou seu irmão, ele recebeu de Deus um sinal. A Bíblia não descreve esse sinal, mas não vacila quanto ao seu objetivo: proteger Caim.

“O Senhor, porém, disse-lhe: Portanto qualquer que matar a Caim, sete vezes será castigado. E pôs o Senhor um sinal em Caim, para que não o ferisse qualquer que o achasse.” (Gênesis 4.15). É o que diz o trecho. Ainda assim, entre os séculos XV e XVI, teólogos racistas elaboraram um discurso que apontava a marca como negra e sendo um sinal do pecado; que Deus havia tornado Caim um homem negro como punição.

 É nossa tarefa usar a mesma Bíblia para denunciar esses crimes, esse pecado

Segundo Ras André Guimarães, educador popular e pastor da Igreja Metodista Filadélfia, essa não é a única passagem bíblica que foi distorcida nesse sentido. Em um episódio de embriaguez de Noé, Cam, seu filho, o vê deitado nu em uma rede. Ao se deparar com a cena, ele a relata a seus irmãos, o que foi considerado um desrespeito. Quando Noé toma conhecimento do ato de seu filho, ele amaldiçoa seu neto Canaã, filho de Cam.

Noé diz que Canaã seria escravo de seus irmãos. E aí se construiu um discurso de que Canaã seria a África, logo todos os africanos seriam escravos desses irmãos. Então, tanto a maldição de Caim quanto a de Canaã são utilizadas para justificar a escravidão. E aí a gente vai ver todo um processo de ocupação de territórios da América com esse tipo de discurso de que o negro é fruto do pecado.”, explica Ras André.

Segundo o pastor metodista, a insinuação é de que existe uma ordem divina que justifica a exploração desse povo.

E aí qual o grande problema: a mentalidade religiosa, tanto do protestantismo, quanto do catolicismo, vai absorver esse imaginário, essa perspectiva racista, para justificar seu distanciamento com os pretos, descendentes de africanos. A leitura bíblica construída daí pra frente é toda de negação da figura negra”, complementa.

Nessa perspectiva, ele também acrescenta que a igreja cristã não rompeu com essa matriz escravagista.

Quando ela se depara com um país de maioria negra e essa maioria tá numa situação de sofrimento, não há resposta pra essa dor e sofrimento por parte dessas igrejas. Quem vai chorar pelos meninos mortos com 111 tiros? Pelos rapazes presos e torturados no supermercado? Há o imaginário de que aquilo é o destino, permissão de Deus”.

Para ele, todos os textos da Bíblia podem ser usados para combater o racismo:

O texto bíblico precisa ser lido com o viés das práticas de justiça, da mudança que Jesus trouxe. Salvação é as pessoas se livrarem desse inferno, do racismo, da intolerância religiosa. Quem são os samaritanos do tempo presente? São os povos subalternizados de hoje. Estão nas comunidades empobrecidas, na população indígena, nos terreiros de Candomblé.”.

Se uma igreja se coloca como cristã – que tem como sua base a vida, o testemunho, a luta e o serviço de Jesus Cristo – não há como separar o seu papel da luta antirracista. Se não há abraço, acolhimento, se uma criança sofre bullying por ser do Candomblé, a tarefa da igreja é denunciar. Conversar com os/as fiéis, apresentar textos que provocam o senso por justiça. Ouvir os relatos de quem sofre com a intolerância religiosa. Acho que essa é a nossa maior tarefa.”.

E todo esse racismo se estende ao campo religioso.

Em pleno século 21, espaços são depredados, pessoas são impedidas de trabalhar com suas indumentárias, deixam de conseguir um emprego. Tudo por conta de uma mentalidade que foi construída lá atrás, por alguém que usou a Bíblia para dizer que tudo que vinha da África era maldito. É nossa tarefa usar a mesma Bíblia para denunciar esses crimes, esse pecado.”, afirma o pastor.

A intolerância contra as religiões de matriz africana

Iyá Márcia destaca a importância do diálogo inter-religioso na luta contra a intolerância. Ela cresceu vendo sua mãe pedir e dar a benção a pastores/as, reverendas/os, padres.

Eu a questionava, falava que aquelas pessoas não eram do Candomblé e ela respondia que a gente pode tomar a benção de qualquer pessoa. ‘É muito bom ouvir um ‘Jeová lhe abençoe’, ‘Deus te abençoe’, dizia. O diálogo inter-religioso é promotor da paz.”.

O racismo religioso, dentre tantas formas de ataque, traz consigo a demonização das divindades da África. Diz que são “do mal”, mas é algo tão enraizado que as pessoas nem mesmo sabem dizer o porquê de pensarem assim. Foi naturalizado no imaginário social. E é preciso se refletir: religiões como o budismo ou o espiritismo não sofrem ataques como as religiões de matriz africanas. Por vezes, são até romantizadas.

Iyá Márcia de Ogum, ialorixá criada no Candomblé, ironiza a demonização feita por cristãos/as contra as religiões de matriz africana. Ela afirma que os povos de terreiro são acusados de cultuarem o diabo, mas o diabo sequer existe na sua cultura.

Diabo é uma nomenclatura das religiões cristãs. No Candomblé, existe o culto à ancestralidade e aos Orixás – Ogum, Oxum, Oyá, Iroko, logun edé.”.

Como exemplo escancarado de racismo, ela cita o caso da mãe que perdeu a guarda da filha após a jovem passar por rituais de iniciação no Candomblé, em São Paulo.

Só aconteceu porque se tratava do Candomblé. Com qualquer outra religião não haveria essa postura. A gente cresce ouvindo que a Justiça deve ser imparcial, mas a nossa termina sendo tendenciosa quando deixa de ouvir uma mãe para ouvir terceiros/as.”.

Ela também denuncia as estruturas negligentes do Estado para tratar do assunto.

Infelizmente nós não temos delegacias especializadas para receber as denúncias de racismo religioso e tomar as providências cabíveis contra os criminosos no nosso país. Muitas vezes, o/a criminoso/o não é chamado/a para ser ouvido/a no caso. Só se for um flagrante, como aconteceu uma vez com o busto de Mãe Gilda.”.

O busto de mãe Gilda, localizado no parque metropolitano do Abaeté, em Salvador, já foi alvo do racismo religioso na forma da depredação por duas vezes – em 2016, sendo reformado no mesmo ano, e em 2020, à luz do dia e em plena pandemia. No caso mais recente, o agressor disse que atacou a imagem da Mãe de Santo “a mando de Deus”. À época, a ialorixá Jaciara dos Santos, filha de Mãe Gilda, questionou: “que Deus é esse?”.

A CESE na luta e prática antirracista

A CESE entende o racismo como gerador de injustiças contra pessoas negras e sempre apoiou movimentos, organizações e grupos deste segmento. Nos últimos 15 anos, foram cerca de 660 projetos apoiados no campo da luta antirracista, beneficiando 314 mil pessoas com um investimento de 5 milhões de reais. Neste Dia da Consciência Negraa CESE reafirma a sua Política Institucional de Equidade Racial, na qual estão definidas estratégias para a superação do racismo no âmbito da gestão e ação institucionais.

Helivete Ribeiro,  pastora da Aliança de Batista do Brasil e presidenta da CESE, destaca que, como mulher negra evangélica, sabe que o racismo presente na sociedade tem reflexo nas comunidades de fé.

Poucas mulheres negras são pastoras, diaconizas ou seminaristas. Falta representatividade nas igrejas, na história e na tradição cristã, que na maioria das vezes, ainda é apresentada de forma eurocentrada, branca e heteronormativa.”, afirma.

Ela reforça a necessidade de se possibilitar a construção de uma teologia mais inclusiva, incorporando elementos da cultura negra sem demonizá-los, valorizando a identidade negra. 

Como evangélica, entendo que devemos estudar a liturgia universal que aceita todas as pessoas sem discriminação. Não podemos negar que há uma rejeição da herança cultural e religiosa africana que tem levado muitos/as de nós a negar nossa identidade racial para sermos ‘bons e boas cristãs’.’”.

“Como diz Lélia Gonzalez, escritora negra: ‘tonar-se negra é uma conquista’.

Ser mulher negra, pastora evangélica, ativista, divorciada, sim, é uma conquista. Não se trata só de mim. Como presidenta da CESE, me orgulho em fazer parte de uma organização que reconhece a existência dos racismos – institucional, estrutural, ambiental, religioso – na construção histórica do Estado e da sociedade brasileira e atua na defesa e garantia de direitos e tem o compromisso com a luta e a prática antirracista, finaliza a pastora Helivete.

As pastoras Sônia Mota e Bianca Daébs, respectivamente Diretora Executiva e Assessora para Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso da CESE reafirmam a importância do diálogo entre as religiões para a promoção da paz.

Posturas exclusivistas, verdades absolutas, demonização da religião do outro não contribuem para uma cultura de paz, que é o que, a princípio, as religiões defendem.”, afirmam,

 Fonte:  CESE – Coordenadoria Ecumênica de Serviço

Manifesto de apoio à Yalorixá e ativista pelos direitos humanos Mãe Beth de O’xum

O Movimento Negro Evangélico em Pernambuco, manifesta apoio à Yalorixá e ativista pelos direitos humanos Mãe Beth de O’xum, mulher íntegra, comprometida com a promoção da justiça social para a população negra.

No último dia 17 de Novembro, após expressar sua indignação (que para nós não é apenas individual, mas coletiva), diante das sistemáticas práticas racistas perpetradas contra o povo de terreiro, e protagonizada por alguns pastores evangélicos, Mãe Beth de O’xum está sendo processada por membro (ou membros) da banca evangélica estadual que alega se sentir ofendido com as palavras da sacerdotisa.

Reconhecemos na manifestação da Mãe Beth de O’xum uma expressão da condição de injustiça social em perseguição e intolerância religiosa sofrida pelos povos de religiões matrizes afro-brasileiras. Pois sabemos que, segundo dados do Dique 100 (2018), as religiões de matrizes africanas, umbanda e candomblé são as principais vítimas do racismo religioso habitualmente cometido por pessoas ou grupos ditos cristãos no Brasil. Diante disso, e até o presente momento, desconhecemos projetos e ações propostas ou criadas pelos acusadores de Mãe Beth, e das bancadas evangélicas de modo geral, para eliminar esse tipo prática criminosa que é recorrente no segmento de seus adeptos religiosos.

Sublinhamos ainda, que defendemos o princípio de laicidade do Estado Democrático, a liberdade de expressão, o respeito à diversidade religiosa em todas as suas manifestações e expressões, e o combate veemente a qualquer prática racista e sexista, seja ela originada de um único líder religioso ou de um grupo deles. Nós do Movimento Negro Evangélico em Pernambuco somos população negra, respeitamos a trajetória da religiosidade e fé de matriz afro-brasileira para a resistência e sobrevivência do povo negro até os dias atuais e na construção de sociedade brasileira.

Recife, 23 de Novembro de 2019.
Colegiado do Movimento Negro Evangélico em Pernambuco.

Só Jesus Expulsa o Racismo da Igreja Evangélica brasileira

CARTA ABERTA AO BRASIL BATISTA

Em decorrência da minha participação no Despertar 2019 (evento promovido pela Juventude Batista Brasileira, onde teremos, eu e o querido pastor Marco Davi Oliveira, a rica oportunidade de falar com jovens de todo o país sobre a prática do racismo na ambiência eclesiástica), venho sofrendo ataques difamatórios via redes sociais de pessoas que eu nem sequer conheço e que, consequentemente, também não me conhecem, não conhecem minha caminhada, não vivenciam a jornada da vida ao meu lado, não comeram nem uma colher de sal comigo.

Por essa razão, eu, Fabíola Oliveira, filha de Dona Maria da Penha, nossa ancestral, serva de Jesus Cristo, o Favelado de Nazaré, venho por meio desta carta dizer que Só Jesus Expulsa o Racismo da Igreja Evangélica brasileira.

Mas, antes de expulsá-lo, Jesus o revela.
Ele faz com que o seu nome seja conhecido: racismo.

Ele faz a comunidade perceber que há uma perseguição específica aos corpos pretos que denunciam o pecado do racismo dentro das instituições.

Ele, o Cristo da Cruz, faz saltar aos olhos dos que ainda não vêem, que há um incômodo direcionado àquilo que vozes pretas podem dizer. E dirão!

Basta de silêncio.
Porque nossas vozes anunciam o Reino de Deus. E onde o Reino de Deus é anunciado, há profecia. E onde há profecia, há quebra do jugo do silenciamento. E onde o jugo do silenciamento é desmantelado, há libertação.

Quem fala aqui é uma serva de Deus, liberta da opressão do racismo. Em franco processo de cura dos anos de perversidade contra a minha existência e contra a existência dos meus ancestres.

Quem fala aqui é uma mulher livre, que conheceu verdadeiramente a Jesus na vida adulta, e ao ser convidada para trilhar o caminho que é o próprio Cristo, foi também convidada à liberdade.

Não me incomodo com as ofensas.
Já me chamaram de vagabunda, de prostituta. (Peço perdão pelos termos fortes, mas é para que os irmãos e irmãs vejam como o fanático religioso evangélico pode ser raivoso.) Já me disseram que eu era motivo de vergonha pra comunidade evangélica brasileira.
Motivo de vergonha porque falo do Cristo que Ama e não odeia; do Cristo que não é proselitista, mas é respeitador e incentivador da agência e da autonomia humana; do Cristo que não demoniza a experiência de fé dos nossos irmãos e irmãs do candomblé.

Ainda assim, não me incomodei.
Segui, compreendendo que o que dizem a meu respeito é de responsabilidade de quem diz. E o que sou não pode ser forjado pelo outro.

Mas me incomodo enormemente com calúnias e inverdades em relação à caminhada que tenho feito unicamente inspirada pelo autor da minha fé.

            Ser chamada de “cristã do ecumenismo entre o evangelho e a macumba” pelo pastor Eduardo Baldaci denuncia duas coisas, nitidamente:

1) o desconhecimento do conceito de ecumenismo, que é a ideia de unidade entre as expressões de fé cristã. Por isso, por si só, o ecumenismo entre evangelho e candomblé é impossível!!!! E pensá-lo possível já demonstra a fragilidade do conhecimento do autor da ofensa mentirosa e maldosa acerca do tema;

2) o racismo religioso.
Tema extremamente caro para mim!
Porque diz respeito à práticas que atravessam séculos: prática de animalização e coisificação do corpo de pessoas pretas. Prática de desqualificação do modo de se relacionar com o Sagrado de pessoas pretas. Prática de demonização de tudo aquilo que vem ou se refere à África. Prática de generalização despudorada em relação a todos os elementos da cultura africana e afrobrasileira, fazendo com que se chame pelo nome de um instrumento musical toda uma prática religiosa com seus dogmas, performances e elementos cúlticos específicos.

Eu, enquanto mulher preta cristã na resistência e na re-existência me utilizo das propostas do debate interreligioso para promover dignidade e direitos entre o meu povo. Povo que crê em Jesus Cristo. Povo que crê nos Orixás. Povo que, para além das conexões espirituais, têm uma conexão ancestral com África.

Uso da interreligiosidade para promover o respeito, para denunciar o racismo, para estabelecer pontes de diálogo que construirão entre nós elos de justiça e unidade.

Uso da interreligiosidade para a reconciliação.
Porque o meu povo que está nos terreiros e o meu povo que está nas igrejas evangélicas se vêem como inimigos!
Familiares do candomblé estão há anos sem falar com parentes que estão na igreja.
Amigos que se conheceram na umbanda rompem o vínculo afetivo e fraternal quando um deles vai pra Jesus.
Amores são destruídos porque o pastor afirma que o ogã é do diabo e que esse casamento não pode dar certo.

Em Cristo eu reconheço a Justiça e a Reconciliação.
Em Cristo eu reconheço o conceito revolucionário do respeito.
Vejam que eu não disse tolerância – eu disse respeito! Porque eu não quero tolerar meus irmãos e irmãs do candomblé: eu quero amá-los, em toda a potência do Amor.

Não aceito o desmerecimento, o desprestígio e a demonização.

São dois caminhos que se lançam diante de mim.

Um é estar em consonância com o cenário de omissão que se abateu sobre a instituição evangélica brasileira e ser omissa, e me calar diante da opressão.

O outro é crer no dom profético da Igreja de Jesus, denunciando o pecado do racismo pra glória de Deus.

Em nome de Jesus eu escolho escandalizar o brasil batista e anunciar o reino de paz, alegria e Justiça que me resgatou da morte e me deu vida, vida em abundância.

Sigo em oração permanente e diária pelas instituições, para que haja arrependimento e perdão.

Que o Amor de Deus, esse que lança fora todo o medo, preencha o coração de todos e todas que foram enrijecidos pelo sistema e pela omissão.

Por Fabíola Oliveira