
Ser negra, negro e evangélico tem sido uma conjugação muito difícil! Somos a maioria dos evangélicos, e a maioria de nós é evangélica, numa Igreja liderada, ainda, por brancos.
Aí há quem ache que somos os negros errados, que negro certo é de matriz afro.
Por 4 séculos os brancos impuseram o lugar dos negros! Com todo respeito e solidariedade aos de confissão afro, nosso lugar é nossa escolha: somos evangélicos!
Aí aparecem negros evangélicos apoiando fascistas e racistas, passando a idéia de que ser negro evangélico é ser capitão do mato. Mentira!
Irmão irmã, negra e negro como eu, fiquemos firmes na fé e na luta contra o racismo e fascismo; e na luta para ocupar nosso lugar na liderança evangélica; sempre houve capitães do mato, nós, em nome de Jesus, os venceremos, como já o fizemos na história.
Por Ariovaldo
Ariovaldo Ramos é pastor e professor. Foi membro do Conselho de Segurança Alimentar da Presidência da República, que representou na 32ª Conferência da FAO, realizada em Roma, Itália, em 2006. É um conhecido defensor da teologia da Missão Integral, como alternativa para a igreja evangélica brasileira. Em seus ensinos estão sempre presentes valores como justiça, igualdade e equidade, valorização e oportunidades para os pobres.