O Kemet retratado no trabalho gráfico da Ubisoft no game Assassin’s Creed: Origins é extraordinário. Um exemplo notável da busca pela autenticidade para recriar o ambiente perfeito sobre uma civilização que marcou a história da humanidade. Apesar de não ser um retrato totalmente preciso do Kemet (antigo Egito), é autêntico. O enredo detalha o período histórico real da época, em que os romanos dominava o Egito no Reino Ptolemaico, pouco tempo depois da ascensão de Cleópatra.
Mas, apesar disso, o trabalho gráfico é um testemunho notável da história do Kemet. A Ubisoft buscou recriar o Kemet, usando materiais originais, hieróglifos e contribuições de egiptólogos, historiadores e linguistas. Segue 12 imagens do Kemet perfeitamente recriadas:
Cidade de Tebas
Tebas foi uma cidade do Kemet. Localizada a 800 km do delta do Nilo a sul de Alexandria. Foi capital do reino durante o Império Novo. Hoje, nas suas proximidades, ergue-se a cidade de Luxor.
Cidade de Mênfis
Mênfis era uma cidade do Kemet, antiga capital durante o Período Dinástico Primitivo e o Império Antigo. Habitada por uma comunidade cosmopolita, seu porto e as oficinas locais tiveram importante papel no comércio exterior do Kemet. Apenas Tebas, ao sul, se comparava a ela em importância política, econômica e religiosa. Suas ruínas localizam-se próximo à cidade atual de Heluã, ao sul da capital do país, Cairo.
Cidade de Alexandria
Alexandria é uma cidade do Kemet, a segunda mais populosa do Egito atual, com uma população de cerca de 5,2 milhões de habitantes. É o maior porto do Egito, servindo 80% das importações e exportações da cidade, e um dos principais pontos turísticos egípcios. No Kemet Alexandria era uma antiga cidade chamada Rhacotis. Fontes clássicas da era greco-romana, em grego e em hieróglifos, dão Rhacotis como um nome mais antigo para Alexandria antes da chegada de Alexandre, o “Grande”. Alexandria era conhecida pelo Farol de Alexandria (uma das sete maravilhas do mundo antigo), pela Biblioteca de Alexandria (a maior do mundo antigo) e pelas catacumbas de Kom el Shoqafa (uma das sete maravilhas do mundo medieval).
Farol de Alexandria
Farol de Alexandria foi um farol construído pelo Reino Ptolomaico entre 280 e 247 a.C. na cidade de Alexandria. Ele tinha entre 120 e 137 metros de altura e era uma das sete maravilhas do mundo antigo, sendo que por muitos séculos foi uma das estruturas mais altas no mundo.
Biblioteca de Alexandria
A Biblioteca de Alexandria foi uma das mais célebres bibliotecas da história e um dos maiores centros do saber da Antiguidade. Ficava situada na região portuária da cidade de Alexandria. Antes de Alexandre criar Biblioteca de Alexandria, as bibliotecas e arquivos nos templos era uma tradição antiga no Kemet, todo templo tinha uma biblioteca secreta com manuscritos e livros secretos. Os antigos gregos e romanos sabiam que o Kemet era a terra dos templos e das bibliotecas, assim relativamente fácil para saquearem as bibliotecas do Kemet e manter a Biblioteca de Alexandria.
Templo de Luxor
O Templo de Luxor está localizado na cidade de Luxor (antiga cidade de Tebas), na região do Alto Kemet (margem leste do Rio Nilo). Foi construído por volta de 1.400 a.C. (ano aproximado), durante a XVIII dinastia. Porém, partes deste templo foram adicionadas em anos posteriores. É um dos monumentos históricos mais importantes relacionado à história do Kemet (Egito Antigo).
Abu Simbel
Abul-Simbel é um complexo arqueológico constituído por dois grandes templos escavados na rocha, situados no sul do Kemet, na margem do rio Nilo perto da fronteira com o Sudão, numa região denominada Núbia, a cerca de 300 quilômetros da cidade de Assuão. Os templos foram construídos por ordem do faraó Ramessés II em homenagem a si próprio e à sua esposa preferida Nefertari. O Grande Templo de Abul-Simbel é um dos mais bem conservados de todo o Egito. No entanto, este não é o seu local de construção original; devido à construção da barragem de Assuão, e do consequente aumento do caudal do rio Nilo, o complexo foi trasladado do seu local original durante a década de 1960, com a ajuda da UNESCO, a fim de ser salvo de ficar submerso.
Siwa Oasis
Embora se saiba que o oásis foi estabelecido desde pelo menos o 10º milênio aC , a mais antiga evidência de qualquer conexão com o Kemet é a 26ª Dinastia, quando uma necrópole foi estabelecida. Heródoto sabia de uma “fonte do Sol” que ficava mais fria no calor do meio-dia. Durante sua campanha para conquistar o Império Persa, Alexandre , o “Grande”, alcançou o oásis, supostamente seguindo as aves através do deserto. Seu antigo nome kemético era sḫ.t-ỉm3w , que significa “Campo das Árvores”. Sua fama reside principalmente em seu antigo papel como o lar de um oráculo de Amon, cujas ruínas são uma atração turística popular que deu ao oásis seu antigo nome Oásis de Amon Ra. Historicamente, fazia parte da antiga Líbia.
Planalto de Gizé
Planalto de Gizé, fica localizado em Gizé, subúrbio do Cairo, capital do Egito, contém na sua necrópole monumentos tão importantes como as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos, a Grande Esfinge e muitas pirâmides secundárias e templos. É uma das áreas mais visitadas anualmente em todo o mundo.
Necrópole de Gizé
Necrópole de Gizé, também chamada de Pirâmides de Gizé, Guizé ou Guisa, é um sítio arqueológico localizado no Planalto de Gizé, nos arredores do Cairo, Egito. A Necrópole de Gizé é o lugar onde está localizado as três pirâmides mais famosas do mundo e a Grande Esfinge. A grande pirâmide de Gizé, também conhecida como Quéops, é a maior e mais antiga e uma das mais belas, inclusive é listada entre as Sete Maravilhas do Mundo Antigo. A maior e mais impressionante atração turística de Cairo é a Necrópole de Gize. As grandes pirâmides são um símbolo massivo do poder dos faraós da Quarta Dinastia e estão localizadas no subúrbio da cidade.
Grande Esfinge de Gizé
Grande Esfinge de Gizé, comumente referida apenas como Esfinge, é uma estátua da pedra calcária que representa uma esfinge localizada no planalto de Gizé, na margem oeste do rio Nilo, em Gizé, Egito. O rosto do monumento é geralmente considerado como uma representação do rosto do faraó Quéfren.
O Vale dos Reis
O Vale dos Reis também conhecido como o Vale dos Portões dos Reis, é um vale no Kemet onde, por um período de quase 500 anos do século 16 ao 11 aC, escavaram-se túmulos de pedra para os faraós e poderosos nobres do Novo Reino (a Décima Oitava à Vigésima Dinastia do Kemet ). O vale fica na margem oeste do Nilo, em frente a Tebas (moderna Luxor ), no coração da Necrópole Tebana. Também tem o Vale das Rainhas, lugar de descanso eterno das principais rainhas do Novo Império, principalmente da XIX e da XX dinastias. Fica localizado na margem ocidental do Nilo, próximo a Luxor (antiga Tebas).
Por Hernani Francisco da Silva – Do Afrokut
Crédito das imagens: Ubisoft
Agradecimentos aos Artistas do Projeto: Martin Bonev, Martin Deschambault, Ivan Koritarev, Kevin Kok, Louis Lavoie, Jean-francois Duval, entre outros.