O que é AfroHumanitude?

O conceito de AfroHumanitude proposto aqui é a África como berço da humanidade e centro da história universal do mundo. Afro-Humanitude é África e a Humanitude conectada: África onde a humanidade surgiu e Humanitude o vínculo universal que liga toda a humanidade.

A Humanitude é um conceito de natureza antropológica, que nos leva a ver as raízes da nossa condição humana. O conceito de Humanitude foi definido por Albert Jacquard, em 1987, inspirado no conceito de Negritude, de Aimé Cesaire. Mais tarde, em 1989, um geriatra francês, Lucien Mias, introduziu pela primeira vez o termo da humanitude nos cuidados da medicina com idosos. Em 1995, Rosette Marescotti e Yves Gineste decide escrever uma nova filosofia de cuidados que eles chamaram de “filosofia da humanitude“, na aplicação aos cuidados de enfermagem.

Na nossa perspectiva Humanitude é Ubuntu, uma filosofia tradicional Africana que nos oferece uma compreensão de nós mesmos em relação com o mundo. De acordo com Ubuntu, existe um vínculo comum entre todos nós e é deste elo, através de nossa interação com nossos companheiros seres humanos, que descobrimos nossas próprias qualidades humanas. No ensino do Ubuntu uma pessoa é uma pessoa através de outras pessoas.

Neste sentido Ubuntu/humanitude  também é uma filosofia quântica. A mecânica quântica ecoa o antigo conhecimento do Ubuntu e do Kemet (Egito Negro) e outras culturas antigas em todo o mundo como: “a crença em um vínculo universal de partilha que liga toda a humanidade”.  Ubuntu está bem descrito em ensinamentos antigos que são analisados na ciência moderna, incluindo a noção de totalidade e similaridade, postulada no campo de Física Quântica por David Bohm.

“Uma pessoa é uma pessoa através de outras pessoas”.  (Umuntu ngumuntu ngabantu). Provérbio Zulu e xhosa.

O Sul Africano Nobel da Paz Arcebispo Desmond Tutu descreve Ubuntu como:

É a essência do ser humano. Ela fala do fato de que minha humanidade está presa e está indissoluvelmente ligado na sua. Eu sou humano, porque eu pertenço. Ela fala sobre a totalidade, ela fala sobre a compaixão. Uma pessoa com Ubuntu é acolhedora, hospitaleira e generosa, disposta a compartilhar. Essas pessoas são abertas e disponíveis para os outros, disposto a ser vulnerável, apoiam os outros, não se sentem ameaçados que os outros são bons e capazes, porque eles têm uma boa auto-confiança que vem de saber que eles pertencem a um todo maior. Eles sabem que estão diminuído quando outros são humilhados, diminuído quando outros são oprimidos, diminuído quando outros são tratados como se fossem menos de quem eles são. A qualidade do Ubuntu dá às pessoas resistência, permitindo-lhes sobreviver e emergir ainda ser humano, apesar de todos os esforços para desumanizar-los.

Acredito que a Afrohumanitude tem muito para contribuir com a questão racial no Brasil e no mundo. Entendo que a África é o berço da humanidade e a Humanitude é Ubuntu que liga toda a humanidade. Essa conexão forma  a AfroHumanitude, que contempla: a indigenitude, negritude, branquitude, e continua aberta e disponível para outras humanitudes.

Neste artigo procurei traçar uma pequena introdução do que é AfroHumanitude, e resgatar esse conceito na perspectiva da nossa caminhada. Portanto, há uma necessidade de compreender, revitalizar e promover as virtudes da Afrohumanitude.

Hernani Francisco da Silva – Do Afrokut


Bibliografia e referências:

humanitude, teste, Genebra, Labor et Fides Ed, 1980

Gineste, Yves et Rosette Marescotti. Soins, corps communication. Les liens

d’humanitude ou l’art d’être ensemble jusqu’au bout de la vie.

http://perso.wanadoo.fr/cec-formation.net/philohumanitude.html. Consultado em 5 de Março, 2007.

Gineste, Yves et Rosette Marescotti. La philosophie de l’humanitude.

http://perso.orange.fr/cec-formation.net/humanitude1.htm Consultado em 3 de Março, 2007.

ALTUNA, Raul Ruiz de Asúa. Cultura Tradicional Banto. Luanda, Secr.Arquidioc.de Pastoral. 1985. ANSELMO, Antônio Joaquim.


Afro-Humanitude


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Yoga Kemética um caminho para a Ascensão

Yirser Ra Hotep, instrutor mestre de Yoga e o criador do Método YogaSkills.A palavra ioga em si vem da raiz sânscrita “yuj” (pron. “Yug”) que significa “unir”, “conectar” ou “integrar”. Nossos ancestrais em Kemet ( O que é Kemet?) chamaram o exercício de “Tjef Sema Paut Neteru” que significa  “Movimentos para promover a união Divina com a mente, corpo e alma”. Para eles, o yoga era muito mais do que o exercício físico – era um caminho para a Ascensão.

A filosofia por trás da palavra sugere que o objetivo do praticante é unir sua mente, corpo e alma através de exercícios mentais e físicos que promovem o livre fluxo da energia espiritual.  A palavra yoga se origina na Índia, sabemos que os precursores do Yoga Kemética na Índia foram os Dravidianos. A evidência fóssil e os testes genéticos mostraram que o povo Dravidiano Negro é o mesmo povo negro do Leste Africano. As evidências arqueológicas e antropológicas sugerem que cerca de 70.000 anos atrás, os africanos do leste navegaram através do Mar Vermelho, viajaram ao longo da costa da Arábia e da Pérsia e se estabeleceram na Índia.

Os Dravidianos Negros lançaram as bases da cultura indiana e construíram um império próspero que durou até a invasão da cultura ariana. Esses invasores expulsaram os dravidianos para o sul, assimilaram a cultura e rotularam suas práticas “Ayurveda” – um sistema de medicina hindu baseado na ideia de equilíbrio nos sistemas corporais por meio de dieta, tratamento com ervas e respiração yogue.

Assim, da mesma forma que o Kemet Negro tornou-se o Egito Árabe, a cultura do índio negro Dravidianos tornou-se o sistema de castas da Índia.

Graças a uma nova geração de estudiosos como Yirsir Ra Hotep e Dr. Muata Ashby, o legado do Yoga Kemética está sendo restaurado. Saiba mais em “O que é Yoga Kemética?”.


Com informações do Afrokut e do artigo: “Os 5 ensinamentos ocultos do Kemetic Yoga que todo iniciado deve saber“, por Asad Malik, no site Aliança Pan-Africana.

Imagem:  Yirser Ra Hotep é um instrutor mestre de Yoga e o criador do Método YogaSkills. Ele é o instrutor mais sênior de Kemetic Yoga nos Estados Unidos, com mais de 42 anos de experiência praticando e ensinando. Yirser esteve envolvido com a pesquisa original e a documentação do Kemetic Yoga junto com o instrutor mestre Asar Ha-pi nos anos 70. Ele treinou e certificou mais de 1000 instrutores de Kemetic Yoga em todo o mundo através de sua escola, a YogaSkills School of Kemetic Yoga, e realiza passeios históricos / culturais / espirituais do Egito, Etiópia, Gana, África do Sul e outras partes da diáspora africana.

7 chaves da egiptologia afrocentrada que provam que o Kemet era uma civilização negra

Kemet era uma civilização negra.

A egiptologia “afrocentrada” é um campo de pesquisa iniciado por Cheikh Anta Diop, onde se estuda a civilização do Kemet, antigo Egito, com base no postulado de que é uma civilização negro-africana. De acordo com Diop, a civilização Kemética seria uma civilização “negra” e seria o berço das culturas da África subsaariana.

Diop argumenta a validade de sua posição, essencialmente, por uma série de considerações relativas às analogias que ele estabeleceu entre as culturas sub-saarianas e as do antigo Egito em termos de cor da pele, religião, proximidade linguística, sistema marital, organização social, etc. Para ele, as populações da África Subsaariana teriam como ancestral direto os antigos keméticos, alguns dos quais teriam migrado para a África Ocidental em particular.

Segue 7 chaves da egiptologia afrocentrada, criada por Cheikh Anta Diop, que provam que antiga Kemet era uma civilização negra:

1 – Testes de Melanina

Segundo Cheikh Anta Diop, os procedimentos egípcios de mumificação não destruíam a epiderme a ponto de tornar impraticáveis os diferentes testes de melanina que permitem reconhecer sua pigmentação. Ao contrário, dada a confiabilidade de tais testes, Diop se surpreende com o fato de que eles não tenham sigo generalizados, em relação às múmias disponíveis. Ele pediu ao curador do Museu do Cairo para lhe permitir realizar um teste de melanina (cor de pele) para determinar a pigmentação dos antigos Keméticos e assim terminar o debate. O curador recusou-se a permitir que ele realizasse o teste.  Segundo Diop, o teste, permitiria classificar os antigos egípcios inquestionavelmente entre as “raças” negras.

Com amostragens de pele de múmia egípcia, “obtidos no laboratório de antropologia física do Museu do Homem em Paris“, Cheikh Anta Diop realizou pequenos cortes, e a observação microscópica, com luz ultravioleta, o levou a “classificar indubitavelmente os antigos egípcios entre os negros”.

2 – Medidas Osteológicas

A osteometria, na opinião de Diop é um método “menos enganador” que a craniometria, seria mais uma técnica que confirmaria os egípcios como negros. Ele relatou que, por meio de medidas osteológicas (tamanho corporal determinado por músculos e ossos) usados na antropologia física, os antigos egípcios eram um povo africano.

3 – Tipo sanguíneo do Grupo B

Quanto aos tipos sanguíneos, Diop afirma que o grupo A seria característico da “’raça’ branca antes de qualquer miscigenação”, enquanto o grupo B seria típico das populações da África Ocidental. Observa que até hoje há uma prevalência do grupo B entre os egípcios, e propõe que se realizem testes sanguíneos nas múmias egípcias para verificar-se a distribuição dos tipos sanguíneos.

Ele discutiu a conexão do tipo sanguíneo do Grupo B entre as antigas e as modernas populações egípcias e a população africana da África Ocidental.

4 – Autores da Antiguidade Greco-romana

Diop elenca dez autores da Antiguidade greco-romana que se referiam aos egípcios como negros. Entre eles, Heródoto dizia que o povo kolchus descendia dos egípcios, pois ambos os povos tinham pele negra e cabelo crespo, e, principalmente, ambos praticavam a circuncisão. Num diálogo de autoria de Luciano, escritor grego, duas personagens, Licino e Timolaus, conversam sobre um jovem egípcio; Licino descreve-o como tendo a cor preta, lábios grossos, pernas muito finas. Os cabelos trançados fazem Licino supor que se trata de um escravo, mas Timolaus observa que, no Egito, ter os cabelos trançados é um sinal das “pessoas muito bem-nascidas”. A lista segue até o décimo autor clássico como Aristóteles, Estrabão, Diodores, e outros que se referiam aos egípcios e etíopes como pessoas com peles negras.

A conclusão de Diop é que “o grau de concordância entre eles é impressionante, constituindo um fato objetivo difícil de subestimar ou ocultar. A moderna egiptologia oscila constantemente entre esses dois pólos”.

5 – Comparação das Cosmogonias

Segundo Cheikh Anta Diop, a comparação das cosmogonias egípcias com as cosmogonias africanas contemporâneas (dogon, ashanti, yoruba, etc.) mostra radical semelhança que testemunha, segundo ele, um parentesco cultural comum. Ele aponta uma semelhança do Deus-Serpente Dogon com o Deus-Serpente egípcio ou ainda do Deus-Chacal dogon incestuoso como Deus-Chacal egípcio incestuoso. O autor invoca igualmente as isomorfias Noun/Nommo, Amon/Ama e, da mesma forma, as festas da semeadura e outras práticas culturais agrárias ou cíclicas.

Ele ilustrou como as inscrições divinas de Kemet associaram os sobrenomes dos deuses com a palavra negra; daí, um reflexo do bem (preto) nas pessoas e em Deus.

6 – Evidencias Bíblicas

Segundo Diop, os egípcios se intitulavam “KMT”, “os negros”, vocábulo do qual também derivaria a palavra bíblica Kam ou Cam. Ele ilustrou como na Bíblia (onde o Egito é mencionado mais de 750 vezes) de maneira geral, toda a tradição semítica (judaica e árabe) classifica o antigo Egito entre os países dos negros.

A Bíblia nos diz: “Estes foram os descendentes de Cam: Cuxe, Mizraim, Pute e Canaã”. Além disso, a Bíblia afirma que Mesraim, filho de Ham, irmão de Kush e de Canaã, vieram da Mesopotâmia para se instalar, juntamente com seus filhos, nas margens do Nilo. Isto significa que o Egito (Mesraim), Etiópia (Kush), Palestina e Fenícia antes dos Judeus e Sírios (Canaã), Arábia Felix antes dos Árabes (Pout, Hevila, Saba), foram todas ocupadas por Negros que haviam criado civilizações de milhares de anos nas regiões e haviam mantido relações familiares.

7 – Vínculo Linguístico

Ele investigou o vínculo linguístico entre a antiga Kemet e outras partes da África. Assim, de acordo com Diop e Obenga, as línguas negro-africanas contemporâneas e o egípcio antigo possuem um ancestral linguístico comum, cuja matriz teórica teria sido reconstituído por Obenga, que batizou-o como “negro-egípcio”.

A língua materna de Cheikh Anta Diop era o wolof (wolof, ouolof) e ele aprendeu o egípcio antigo por ocasião de seus estudos de egiptologia o que, segundo ele, lhe permitiu constatar concretamente que havia semelhanças entre as duas línguas.

Sabemos que alem dessas sete chaves da egiptologia afrocentrada, temos muitas outras evidencias através do trabalho de Diop e outros estudiosos, que mostra uma sólida conexão de linguagem, cultura, religião, biologia e relatos de testemunhas oculares, para provar que os antigos egípcios eram um povo africano. Eles eram um povo que se viam como negros, e outros povos se referiam a eles como negros.

Por Hernani Francisco da Silva – Do Afrokut

Referências:

DIOP, Cheikh Anta, “Origem dos antigos egípcios”, in MOKHTAR, Gamal (Org.), História Geral da África: a África antiga, São Paulo, Ática; Unesco, 1983 [1974], pp. 39-70.

Cheikh Anta Diop – http://fr.wikipedia.org/wiki/Cheikh_Anta_Diop ».

12 imagens do Kemet perfeitamente recriadas

O Kemet retratado no trabalho gráfico da Ubisoft no game Assassin’s Creed: Origins é extraordinário. Um exemplo notável da busca pela autenticidade para recriar o ambiente perfeito sobre uma civilização que marcou a história da humanidade. Apesar de não ser um retrato totalmente preciso do Kemet (antigo Egito), é autêntico. O enredo detalha o período histórico real da época, em que os romanos dominava o Egito no Reino Ptolemaico, pouco tempo depois da ascensão de Cleópatra.

Mas, apesar disso, o trabalho gráfico é um testemunho notável da história do Kemet. A Ubisoft buscou recriar o Kemet, usando materiais originais, hieróglifos e contribuições de egiptólogos, historiadores e linguistas. Segue 12 imagens do Kemet perfeitamente recriadas:

Cidade de Tebas

Tebas foi uma cidade do Kemet. Localizada a 800 km do delta do Nilo a sul de Alexandria. Foi capital do reino durante o Império Novo.  Hoje, nas suas proximidades, ergue-se a cidade de Luxor.

Cidade de Mênfis

Mênfis era uma cidade do Kemet, antiga capital  durante o Período Dinástico Primitivo e o Império Antigo.  Habitada por uma comunidade cosmopolita, seu porto e as oficinas locais tiveram importante papel no comércio exterior do Kemet. Apenas Tebas, ao sul, se comparava a ela em importância política, econômica e religiosa. Suas ruínas localizam-se próximo à cidade atual de Heluã, ao sul da capital do país, Cairo.

Cidade de Alexandria

Alexandria é uma cidade do Kemet, a segunda mais populosa do Egito atual, com uma população de cerca de 5,2 milhões de habitantes. É o maior porto do Egito, servindo 80% das importações e exportações da cidade, e um dos principais pontos turísticos egípcios. No Kemet Alexandria era uma antiga cidade chamada Rhacotis. Fontes clássicas da era greco-romana, em grego e em hieróglifos, dão Rhacotis como um nome mais antigo para Alexandria antes da chegada de Alexandre, o “Grande”. Alexandria era conhecida pelo Farol de Alexandria (uma das sete maravilhas do mundo antigo), pela Biblioteca de Alexandria (a maior do mundo antigo) e pelas catacumbas de Kom el Shoqafa (uma das sete maravilhas do mundo medieval).

Farol de Alexandria

Farol de Alexandria foi um farol construído pelo Reino Ptolomaico entre 280 e 247 a.C. na cidade de Alexandria. Ele tinha entre 120 e 137 metros de altura e era uma das sete maravilhas do mundo antigo, sendo que por muitos séculos foi uma das estruturas mais altas no mundo.

Biblioteca de Alexandria

A Biblioteca de Alexandria foi uma das mais célebres bibliotecas da história e um dos maiores centros do saber da Antiguidade. Ficava situada na região portuária da cidade de Alexandria. Antes de  Alexandre criar Biblioteca de Alexandria, as  bibliotecas e arquivos nos templos era uma tradição antiga no Kemet, todo templo tinha uma biblioteca secreta com manuscritos e livros secretos. Os antigos gregos e romanos sabiam que o Kemet era a terra dos templos e das bibliotecas, assim relativamente fácil para saquearem as bibliotecas do Kemet e manter a Biblioteca de Alexandria.

Templo de Luxor

O Templo de Luxor está localizado na cidade de Luxor (antiga cidade de Tebas), na região do Alto Kemet (margem leste do Rio Nilo).  Foi construído por volta de 1.400 a.C. (ano aproximado), durante a XVIII dinastia. Porém, partes deste templo foram adicionadas em anos posteriores.  É um dos monumentos históricos mais importantes relacionado à história do Kemet (Egito Antigo).

Abu Simbel

Abul-Simbel é um complexo arqueológico constituído por dois grandes templos escavados na rocha, situados no sul do Kemet, na margem  do rio Nilo perto da fronteira com o Sudão, numa região denominada Núbia, a cerca de 300 quilômetros da cidade de Assuão. Os templos foram construídos por ordem do faraó Ramessés II em homenagem a si próprio e à sua esposa preferida Nefertari. O Grande Templo de Abul-Simbel é um dos mais bem conservados de todo o Egito. No entanto, este não é o seu local de construção original; devido à construção da barragem de Assuão, e do consequente aumento do caudal do rio Nilo, o complexo foi trasladado do seu local original durante a década de 1960, com a ajuda da UNESCO, a fim de ser salvo de ficar submerso.

Siwa Oasis

Embora se saiba que o oásis foi estabelecido desde pelo menos o 10º milênio aC , a mais antiga evidência de qualquer conexão com o Kemet  é a 26ª Dinastia, quando uma necrópole foi estabelecida. Heródoto sabia de uma “fonte do Sol” que ficava mais fria no calor do meio-dia. Durante sua campanha para conquistar o Império Persa, Alexandre , o “Grande”, alcançou o oásis, supostamente seguindo as aves através do deserto. Seu antigo nome kemético  era sḫ.t-ỉm3w , que significa “Campo das Árvores”. Sua fama reside principalmente em seu antigo papel como o lar de um oráculo de Amon, cujas ruínas são uma atração turística popular que deu ao oásis seu antigo nome Oásis de Amon Ra. Historicamente, fazia parte da antiga Líbia.

Planalto de Gizé

Planalto de Gizé, fica localizado em Gizé, subúrbio do Cairo, capital do Egito, contém na sua necrópole monumentos tão importantes como as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos, a Grande Esfinge e muitas pirâmides secundárias e templos. É uma das áreas mais visitadas anualmente em todo o mundo.

Necrópole de Gizé

 

Necrópole de Gizé, também chamada de Pirâmides de Gizé, Guizé ou Guisa, é um sítio arqueológico localizado no Planalto de Gizé, nos arredores do Cairo, Egito. A Necrópole de Gizé é o lugar onde está localizado as três pirâmides mais famosas do mundo e a Grande Esfinge. A grande pirâmide de Gizé, também conhecida como Quéops, é a maior e mais antiga e uma das mais belas, inclusive é listada entre as Sete Maravilhas do Mundo Antigo. A maior e mais impressionante atração turística de Cairo é a Necrópole de Gize. As grandes pirâmides são um símbolo massivo do poder dos faraós da Quarta Dinastia e estão localizadas no subúrbio da cidade.

Grande Esfinge de Gizé

Grande Esfinge de Gizé, comumente referida apenas como Esfinge, é uma estátua da pedra calcária que representa uma esfinge localizada no planalto de Gizé, na margem oeste do rio Nilo, em Gizé, Egito. O rosto do monumento é geralmente considerado como uma representação do rosto do faraó Quéfren.

O Vale dos Reis

O Vale dos Reis também conhecido como o Vale dos Portões dos Reis, é um vale no Kemet onde, por um período de quase 500 anos do século 16 ao 11 aC, escavaram-se túmulos de pedra para os faraós e poderosos nobres do Novo Reino (a Décima Oitava à Vigésima Dinastia do Kemet ). O vale fica na margem oeste do Nilo, em frente a Tebas (moderna Luxor ), no coração da Necrópole Tebana. Também tem o Vale das Rainhas, lugar de descanso eterno das principais rainhas do Novo Império, principalmente da XIX e da XX dinastias. Fica localizado na margem ocidental do Nilo, próximo a Luxor (antiga Tebas).

Por Hernani Francisco da Silva – Do Afrokut

Crédito das imagens: Ubisoft

Agradecimentos aos Artistas do Projeto: Martin Bonev, Martin Deschambault, Ivan Koritarev, Kevin Kok, Louis Lavoie, Jean-francois Duval, entre outros.

O Kemet retratado no trabalho gráfico da Ubisoft

O trabalho gráfico da Ubisoft no game Assassin’s Creed: Origins foi extraordinário. Veja aqui: 12 imagens do Kemet perfeitamente recriadas. Um exemplo notável da busca pela autenticidade para recriar o ambiente perfeito sobre uma civilização que tanto marcou a história da humanidade. Assassin’s Creed: Origins, apesar de não ser um retrato totalmente preciso do Kemet (antigo Egito),  é autêntico. O enredo  detalha o período histórico real da época, em que os romanos dominava o Egito, pouco tempo depois da ascensão de Cleópatra. A Ubisoft buscou recriar o Kemet (Egito Antigo), usando materiais originais, hieróglifos e contribuições de egiptólogos, historiadores e linguistas. Assassin’s Creed: Origins,  como o próprio nome diz,  se propõe a contar a criação da irmandade dos Assassinos, a Sociedade Secreta do qual fazem parte todos os protagonistas da série até hoje. A Ordem dos Assassinos que tem sua origem no Kemet (Antigo Egito).

Embora tecnicamente o game seja fantástico,  o cenário histórico escolhido para o jogo é muito estereotipado. A imagem do Egito antigo que impera  não é diferente da imagem que os europeus (desde os gregos e romanos) tinham de si mesmos. O Egito antigo que temos no senso comum do ocidente contemporâneo é tão artificial que um jogador do Assassin’s Creed: Origins, além do entretenimento, só consegue ver: um Egito cheio de intriga e traição, com suas Múmias, Tumbas, Anúbis, Pirâmides, Tutancâmon, Ramsés II e Cleópatra. Teria sido historicamente  justo, menos estereotipado e mais educativo, definir o jogo durante o período pré-dinástico, ou um dos “períodos intermediários” do Kemet (Egito antigo) triunfando sobre seus opressores. Reinando sobre o mundo  e florescendo no auge de seu império, tanto nos estágios militares quanto artísticos e tecnológicos. O Assassin’s Creed no Egito foi uma ótima oportunidade para Ubisoft fazer seu protagonista africano (não fez). Nas series do Assassin’s Creed  tivemos duas pessoas negras como protagonistas, Aveline e Adéwalé.

Nos aspectos multiculturais para a criação de Assassin’s Creed: Origins, à Ubisoft  estudou a demografia do Egito na época, o jogo se passa no Egito que era província romana (nos últimos suspiros do Kemet), um período histórico que cobre cerca de 100 anos antes de Cristo, difícil para balancear diversas representações com autenticidade histórica. Segundo a Ubisoft o cenário foi composto de personagens com origens árabes, hebraicas e africanas.

Enfim, o mundo aberto desse jogo é uma bela recriação realista do Egito clássico. É grande, detalhado e muito bem feito. Surpreendentemente, à Ubisoft lançou um modo que transforma a recriação do Egito antigo em um museu aberto: o modo Discovery Tour, que permiti aos jogadores viajar pelo ambiente por visitas guiadas escritas por historiadores e egiptólogos. De Alexandria a Memphis, do Delta do Nilo ao Grande Mar de Areia, do planalto Giza ao Oasis Faiyum, do Sinai ao Vale dos Reis,  ou fazer os 75 passeios temáticos criados pelas equipes de desenvolvimento da Ubisoft em colaboração com especialistas em história e egiptólogos.

Por Hernani Francisco da Silva – Do Afrokut

Imagem: Ubisoft


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O que é Kemet?

Acredita-se que Kemet é sinônimo de Egito antigo, porém, desta forma, ignora-se que a palavra “Egito” é o nome que os antigos gregos deram ao país. Kemet e Egito são duas identidades diferentes. Vejamos nesta série de artigos elaborada pelo Afrokut, um pouco da história de Kemet e o que ela representa hoje para Africanos, a Diáspora Africana e para todo o mundo.

A palavra Kemet foi escrita em Medu Neter, linguagem escrita mais antiga da Terra, com quatro hieróglifos:

um pedaço de pele de crocodilo com espinhos fazendo o som K; uma coruja fazendo o som M e um meio pedaço de pão fazendo o som T. O símbolo redondo representa uma encruzilhada e mostra que, neste contexto, este é um nome de lugar.

A Kemet começou a se formar no final do período paleolítico, quando o clima árido do Norte da África e a desertificação do Saara, levaram muitos africanos a se mudarem para o Vale do Nilo, formando várias comunidades agrícolas que viviam em grupos ao redor do Rio Nilo. Mas, foi no período chamado pré-dinástico, antes que houvesse um Faraó e Kemet fosse unificada, que as culturas keméticas formadas pelas comunidades ribeirinhas do Nilo começaram a se unificar e formar pequenos Estados ao longo do Rio Nilo, este período começou por volta de 4000 aC, que é mais de 6.000 anos atrás. Segundo a Pedra de Palermo o Kemet se unificou em dois reinos, um no Alto e outro no Baixo Kemet.

Kemet se transformou em um complexo de civilizações formadas por diversas nações africanas, ao redor do Rio Nilo, em uma área que se estendia desde a Núbia, Sudão, até ao rio Eufrates. Por volta de 3300 aC, há evidências de um reino unificado, como mostram os achados em Qustul, a cultura Núbia/kushita teve uma grande contribuição para a unificação da Kemet, que se desenvolveu por milhares de anos e se tornou a civilização com mais influência em sua época e tornando-se mãe de todas as civilizações modernas.

Por Hernani Francisco da Silva – Do Afrokut


VEJA TAMBÉM:

https://membro.afrokut.com.br/2020/10/10/introducao-ao-yoga-kemetica/

A Influência Kemética na Grécia Antiga

 

Se você já foi estudante no mundo ocidental, provavelmente cresceu sendo ensinado que os gregos eram os fundadores do mundo moderno e da civilização moderna. Você provavelmente foi ensinado que os gregos inventaram matemática, ciência, filosofia e até medicina. Na verdade, não é nenhuma surpresa que o mundo ocidental acredite que os gregos são nossos pais fundadores porque criaram a “civilização ocidental“.

A Grécia não passa de filha do Antigo Kemet Preto (agora conhecido como Egito). Os europeus não eram, de modo algum, os desenvolvedores da civilização humana. Tudo o que eles aprenderam, eles aprenderam por serem influenciados pelos povos africanos. A maioria dos filósofos famosos da Grécia antiga que hoje conhecemos estudou no Antigo Kemet no Templo de Waset.

O Templo de Waset foi a primeira universidade do mundo que foi construída durante o reinado de Amenhotep III, durante a XVII Dinastia. Para que alguém se graduasse do Templo de Waset, a pessoa média deveria comparecer por pelo menos 40 anos. Nenhum dos gregos que frequentaram Waset se formou, mas ainda são creditados com os fundadores da civilização moderna. Listados abaixo são apenas alguns dos gregos famosos que participaram do Templo de Waset, juntamente com o número de anos em que eles participaram:

1). Platão (Filósofo e Fundador da Academia de Atenas): 11 anos

2). Aristóteles (Creditado Como primeiro cientista da historia): 11 anos

3). Sócrates (Creditado Como fundador da filosofia): 15 anos

4). Pythagoras (Creditado por inventar o “Teorema de Pitagoras”): 22 anos

5). Hipócrates (Creditado Como sendo Pai da Medicina): 20 anos

6). Thales (Primeiro homem que trouxe Geometria a grecia): 20 anos

O povo da antiga Kemet claramente tiveram uma influência incrível sobre o povo da Grécia. Thales é creditado com trazer Geometria para o mundo ocidental. No entanto, apenas olhando as pirâmides, é óbvio que as pessoas de Kemet tinham conhecimento de calcular as áreas de triângulos e outras formas muito antes de Thales mesmo existir. Muitas vezes as pessoas perguntam: “Se o antigo Kemet foi tão grande, o que aconteceu com ele e por que ele não corre mais pelos nativos originais da terra?” Bem, o que aconteceu com o Kemet não aconteceu da noite pro dia, mas parte disso começou porque os nativos eram muito amigáveis para os europeus e outros estrangeiros. O povo de Kemet ensinou aos gregos tudo o que eles são creditados com a invenção, e a ironia de tudo é que os gregos eventualmente acabaram assumindo sua terra.

Como os gregos assumiram o Kemet? Para encurtar a longa história, Sócrates foi à escola em Kemet e trouxe seu conhecimento e sabedoria de volta a Atenas, onde ele foi creditado com ser o homem mais sábio da terra. Platão estudou sob Sócrates. A influência e as filosofias de Sócrates eram tão poderosas que seu próprio povo o condenava à morte por “corromper as mentes da juventude” ensinando-os a questionar tudo.

Após a morte de Sócrates, Platão passou uma jornada da alma para estudar em Kemet, onde aprendeu o conceito de formas, a alegoria da caverna e o que mais tarde seria conhecido como a República de Platão (governo ocidental moderno). Platão acabou por ser descoberto por Philip (governante da Macedônia).

Philip da Macedônia, que passou sua vida lutando contra o Império Persa, acreditou que ele poderia derrotar os governantes persas e absorver seu poderoso império, que incluía as terras de Kemet. Então, depois que Philip descobriu Platão e patrocinou a Academia de Atenas, compreendo o governo, usando os conceitos da República e a Alegoria da Caverna, Platão sabia exatamente como conquistar a mente das pessoas de forma sistemática e prender os nativos de Kemet e do império persa, mentalmente.

Em última análise, a academia de Platão produziu um prodígio com o nome de Aristóteles. Aristóteles tornou-se filho de Felipe de Macedônia, tutor e conselheiro político de Alexandre.

Com o conhecimento de Aristóteles e as filosofias de Platão sobre política e psicologia, o herdeiro de Philip (Alexandre o Grande) acabou por poder assumir o que agora conhecemos como o Egito.

Somente porque Alexandre, o grego, trabalhou mão a mão com Aristóteles (estudante desertor do Templo de Waset e graduado da Academia de Atenas) que se tornaram os cérebros da operação, Alexandre espalhou o helenismo (o caminho grego) em todo seu império.

Em todo lugar que Alexandre, o grego, conquistou, queimou bibliotecas, literatura e histórias de todas as civilizações Kushitas. Foi assim que a Alegoria da Caverna foi usada. A queima de bibliotecas, literatura e história originou espaço para os historiadores brancos-ocidentais RE-escrever a história como é ensinada hoje, incluindo a Arca de Noé e a literatura do folclore hebraico.

A Grécia antiga é apenas uma filha do antigo Kemet. Filósofos e matemáticos gregos são creditados com os pais fundadores da civilização moderna, mas o fato é que eles aprenderam tudo dos pretos de Kemet. Isso foi registrado pelos próprios gregos. A verdade só parece ser mal interpretada por historiadores brancos-ocidentais que dão todo o crédito aos gregos. O Templo de Waset foi uma grande universidade que educou mais de 80 mil pessoas. Sem ele, a filosofia, a medicina, a ciência e a matemática não seriam como a conhecemos hoje.

Por: Samadhi Joan (The Golden Nubian) e Ethiopian Kundalini (Mario Robinson)
360˚ Entendimento Legítimo
720º Sabedoria de Si
1080º Conhecimento de universo, Sabedoria universal, Lógica Intuitiva Suprema

Via Rai Li

Ubuntu: uma filosofia quântica da África

Ubuntu é uma filosofia africana que vem sendo usada desde a origem da humanidade na Africa. É uma palavra originária do tronco linguístico banto, não tem tradução literal para o português, trata-se de um conceito amplo sobre a essência do ser humano, como palavra mais próxima tenho usado Humanitude.

Adama Samassékou, do Mali, presidente da Conferência Mundial de Humanidades, tem utilizado o conceito de Humanitude para traduzir essa filosofia de vida Africana. Em um artigo: “Humanitude, ou como saciar a sede por humanidade“ (Unesco) Samassékou diz:

“Foi com essas considerações em mente que, vários anos atrás, eu sugeri que explorássemos um novo conceito – humanitude – em referência à negritude, um conceito que herdei de meu mentor, o poeta Aimé Césaire, da Martinica.”

“Utilizo este conceito de humanitude para traduzir o que, na África, nós chamamos de maaya (em bamanankan, a língua bambara), neddaaku (em fulfulde, a língua fula), boroterey (em songai, a língua songai), nite (em wolof) e ubuntu (nas línguas bantu), entre outros. Existem muitos termos que significam, literalmente, “a qualidade de ser humano”.” Diz: Adama Samassékou.

Assim Ubuntu/Humanitude é: humanidade, bondade, compaixão, partilha, humildade, respeito mútuo e responsabilidade, interconexão, harmonia – um vínculo universal que liga toda a humanidade.

Por que o Ubuntu é uma filosofia quântica? A mecânica quântica ecoa o antigo conhecimento do ubuntu e do Kemet (Egito Negro) e outras culturas antigas em todo o mundo como: “a crença em um vínculo universal de partilha que liga toda a humanidade”Ubuntu está bem descrito em ensinamentos antigos que são analisados na ciência moderna, incluindo a noção de totalidade e similaridade, postulada no campo de física quântica por David Bohm.

filosofia africana do Ubuntu afirma que estamos todos conectados e a física quântica está constantemente apontando para a conexão como o caminho do Universo da mesma forma que as tradições espirituais defendidas pelos antigos Africanos.

Lei do Mentalismo, a primeira das sete Leis Universais Quântica do antigo Egito Negro (Kemet), nos diz que existe uma Consciência Universal da qual todas as coisas se manifestam. Todas as energias e assuntos em todos os níveis são criados e subordinados à Mente Universal Onipresente.

Ubuntu baseia-se na ideia de que todas as pessoas estão relacionadas e faz parte de uma grande família. Assim como na física quântica, o Ubuntu sustenta que a separação não existe: estamos todos entrelaçados (os átomos), num emaranhado de conexões, infinitas. Quando estamos em sintonia com essa conexão, significa que estamos trazendo abertura e magnanimidade para os outros.

Por Hernani Francisco da Silva – Ativista Quântico Negro – do Afrokut

https://afrokut.com.br/blog/o-que-e-ubuntu

7 Leis Quântica do Kemet que mudarão sua vida

Existem sete Leis ou Princípios Universais através dos quais tudo no Universo é governado.  São antigos ensinamentos (Keméticos) do antigo Egito Negro (Kemet), encontrados em todas as terras e em todas as religiões, o seu apelo é universal. O Universo existe em perfeita harmonia em virtude dessas Leis.

Das Sete Leis Universais, as três primeiras são leis eternas e imutáveis, o que significa que são Absolutas e nunca podem ser mudadas ou transcendidas. Elas sempre existiram e sempre existirão. As outras quatro leis são leis transitórias e mutáveis, o que significa que elas podem ser transcendidas ou pelo menos “melhor usadas” para criar sua realidade ideal.

Depois de entender, aplicar e alinhar-se com estas Leis Universais, você experimentará transformação em todas as áreas da sua vida além daquilo que você já ousou imaginar.

Aqui estão 7 leis quântica do Kemet que mudarão sua vida:

1. A Lei do Mentalismo (Imutável):

A primeira das sete leis universais nos diz que “O Universo é Mental”. Que tudo o que vemos e experimentamos no nosso mundo físico tem sua origem no invisível, no domínio mental. Esta lei nos diz que existe uma Consciência Universal da qual todas as coisas se manifestam. Todas as energias e assuntos em todos os níveis são criados e subordinados à Mente Universal Onipresente. Sua realidade é uma manifestação do seu espírito. É o verdadeiro poder da mente.

Se você entende que tudo é mental, você sabe que pode assumir o controle de seus pensamentos e emoções e então você pode mudar seu mundo interior para mudar seu mundo exterior.

2. A Lei da Correspondência (Imutável):

A segunda das sete leis universais nos diz “Como acima, assim abaixo, como abaixo, então acima”. Isso significa que existe “harmonia, concordância e correspondência” entre os domínios físico, mental e espiritual. Não há separação, já que todo no universo, incluindo você, vem da Consciência Universal. O mesmo padrão é expresso em todos os planos da existência do elétron desde a estrela mais pequena até a maior e vice-versa. Tudo é um. O  Templo de Luxor, e outros templos em Kemet, referiu-se a esta grande lei de correspondência na inscrição “Conhece-se a si mesmo e conhecerás todos os mistérios dos deuses e do universo”.

Se você assimilar isso, você pode entender e liberar muitas emoções positivas e negativas. Esta lei permite que você veja cada problema como um conjunto de “manifestações”. Quando você entende e influencia esses eventos, nada dá a impressão de ser impossível para você.

Princípio da correspondência: “O que está no topo é como o que está na parte inferior

3. A Lei da Vibração (Imutável):

A terceira das sete leis universais nos diz que “Nada repousa; tudo se move, tudo vibra. A terceira e a última das leis universais imutáveis nos diz que “todo o universo é uma vibração”. A ciência confirmou que tudo no universo, incluindo você, é uma energia pura que vibra em diferentes frequências.

O axioma “como energia atrai energia”, em que a lei da atração se baseia, tem sua base nesta lei. Tudo o que experimentamos com os nossos cinco sentidos físicos é transportado através das vibrações. Isso também se aplica ao domínio mental. Seus pensamentos são vibrações. Todas as suas emoções são vibrações onde o “amor incondicional” (no sentido do amor por outro) é o mais alto. Você pode aprender a controlar suas vibrações mentais à vontade. Este é o verdadeiro poder do pensamento.

Ao entender este princípio, você também sabe que uma mudança na vibração causa uma mudança na manifestação. Isso significa que você pode influenciar positivamente sua vida, alterando sua vibração.

4. A Lei da Polaridade (Mutável):

A quarta das sete leis universais nos diz que “Tudo é duplo; tudo tem dois extremos; semelhantes e diferentes têm o mesmo significado; os pólos opostos têm uma natureza idêntica, mas graus diferentes; os extremos se tocam; Todas as verdades são apenas meias verdades; Todos os paradoxos podem ser reconciliados. “

É também a primeira das leis universais mutáveis ou transcendentes. Isso significa que há dois lados para tudo. As coisas que aparecem como opostas são, na verdade, dois extremos da mesma coisa. Por exemplo, calor e frio podem parecer opostos à primeira vista, mas, na verdade, eles são simplesmente graus da mesma coisa variável. O mesmo vale para o amor e o ódio, paz e guerra, positivo e negativo, bom e mal, sim e não, luz e escuridão, energia e matéria. Transforme seus pensamentos do ódio para o amor, do medo para a coragem conscientemente aumentando suas vibrações. Isto é o que é dito nos antigos Ensinamentos Keméticos chamados de arte da Polarização.

Levante-se acima da lei da Polaridade: Este princípio da dualidade pode parecer muito real em sua vida, mas só funciona nos reinos físicos e mentais, e não no reino espiritual onde tudo é um. Como é dito no Bhagavad-Gita dos “Dravidas“, sempre enfatizando o “bem”, mesmo quando as coisas parecem “muito mal”, ao longo do tempo, você se eleva acima da lei da Polaridade. Se você entender esse princípio, você sabe que vai mudar sua vibração, então você pode se mover de um pólo para outro.

5. A Lei do Ritmo (Mutável):

A quinta das sete leis universais nos diz que “Tudo flui dentro e fora; tudo tem duração; tudo evolui e então degenera; o balanço do péndulo se manifesta em tudo; A medida da sua oscilação à direita é semelhante à medida da sua oscilação à esquerda; o ritmo é constante. “

É a segunda das leis universais mutáveis ou transcendentais e isso significa que existem movimentos pendulares em todos. Este princípio pode ser visto no funcionamento das ondas oceânicas, no aumento e queda dos maiores impérios, nos ciclos econômicos, no balanço de seus pensamentos de ser positivo ou negativo e em seus sucessos pessoais e suas falhas. De acordo com esta lei, quando algo chega a um ponto final, o movimento para trás começa quase imperceptivelmente até que todo o movimento para a frente seja totalmente invertido, então o movimento para a frente começa de novo e de novo, o processo é repetido.

Aumentando-se acima da lei do ritmo: Para transcender a oscilação do pêndulo, você deve estar ciente do início sutil do movimento para trás em um dos seus esforços, seja para melhorar sua saúde, suas finanças, seus relacionamentos ou qualquer objetivo que você deseja começar. Quando você sente que a lei está começando a fazer você se afastar, não tenha medo e não desanime. Em vez disso, sabendo que você é um Espirito Onipotente Universal  para o qual nada é impossível, mantenha seus pensamentos centrados em seus resultados e lute para ficar positivo, não importa como essa lei transitória o atraia. Mesmo que seus esforços falhem, pense na garantia de que, ao abrigo desta mesma lei, o movimento ascendente deve começar de novo. Com o tempo, sua perseverança será recompensada por movimentos para trás que se tornam menos negativos em relação aos seus saltos anteriores e você escala mais alto.

Se você entender esta lei, você sabe como usar este movimento do pêndulo para sua vantagem; Quando as coisas estão indo bem, você aproveita o máximo, e quando as coisas dão errado, você neutraliza esse movimento para sofrer o mínimo possível.

6. A Lei da Causa e do Efeito (Mutável):

O sexto das sete leis universais nos diz que “Toda Causa tem seu efeito; Todo Efeito tem sua Causa; tudo acontece de acordo com a lei; Chance é apenas um nome dado à lei desconhecida; há muitos planos de causalidade, mas nada escapa à lei “

De acordo com esta lei, todos os efeitos que você vê no seu mundo externo ou físico têm uma causa muito específica que tem sua origem em seu mundo interior ou mental. Esta é a essência do poder do pensamento. Cada um de seus pensamentos, palavras ou ações define um efeito específico em movimento que se materializará ao longo do tempo. Para se tornar o mestre de seu destino, você deve dominar sua mente para tudo em sua realidade em uma criação mental. Saiba que não há nada como chance ou sorte. Estes são simplesmente os termos utilizados pela humanidade na ignorância desta lei.

Suas intenções são criadas instantaneamente: a lei da causa e efeito se aplica aos três planos da existência – o espiritual, o mental e o físico. A diferença é que a causa espiritual  os efeitos são instantâneos, pois parecem inseparáveis, enquanto nos outros planos do nosso conceito de tempo e espaço, ele cria uma incompatibilidade entre a causa e o possível efeito. Saiba que quando você se concentra nos objetivos escolhidos com a intenção de usar a visualização criativa, o que você quer criar no mundo físico se manifesta automaticamente no mundo espiritual e com perseverança, prática e continuando a focar seus pensamentos, também virá a materializar-se no mundo físico.

Como isso muda sua vida: se você entender esta lei, você sabe que o acaso não existe e que você pode influenciar sua vibração, subir para um nível diferente, mudar a polaridade, se tornar o mestre de seu destino.

7. A lei do Gênero (Mutável):

A última das sete leis universais nos diz que “O Gênero está em tudo; tudo tem o seu princípio masculino e o seu princípio feminino; o gênero se manifesta em todos os planos.”

Esta lei universal mutável  é evidente em toda a criação nas chamadas coisas opostas que podem ser encontradas não apenas em seres humanos, mas também em plantas, minerais, elétrons e pólos magnéticos para citar alguns. Tudo e todos possuem os elementos masculinos e femininos. Entre as expressões externas das qualidades femininas estão o amor, a paciência, a intuição e a gentileza, e as qualidades masculinas são energia, autonomia, lógica e inteligência. Saiba que em todas as mulheres estão todas as qualidades latentes de um homem e em todos os homens o de uma mulher. Quando você sabe disso, você saberá o que significa ser completo.

Se você entende esta lei, você sabe como reconhecer a ação do masculino e do feminino em você e nos outros, bem como em tudo o que o rodeia. Você pode então criar livremente, liberando o “poder para gerar” desse princípio.

Fonte das 7 leis do antigo Egito Negro:  Livro A Ciência do Ser – Eugênio Fersen, 1923; Estudo da filosofia hermética do antigo Egito e da Grécia, baseado nos ensinamentos místicos de Hermes Trismegisto, 1908. Claire C.  – Esprit Science Métaphysiques.com, 2016.

Por:  Hernani Francisco da Silva –  Do Afrokut


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